quinta-feira, fevereiro 11, 2016

A DIETA BALANCEADA


A DIETA BALANCEADA


Muitas frutas e muitas cores: componentes essenciais de uma dieta balanceada e de um estilo de vida saudável. Imagem: https://en.wikipedia.org/wiki/File:Culinary_fruits_front_view.jpg



A promoção da alimentação saudável é uma diretriz da Política Nacional de Alimentação e Nutrição e uma das prioridades para a segurança alimentar e nutricional dos brasileiros. Estar livre da fome e ter uma alimentação saudável e adequada são direitos humanos fundamentais dos povos.

Os dez passos para uma alimentação saudável. Brasil. p. 3.

Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_alimentacao_saudavel.pdf



Podemos dizer que uma dieta é uma seleção de certos alimentos (comidas e bebidas) que devem ser ingeridos em certas quantidades, a fim de se atingir um determinado objetivo, como a manutenção da saúde, a perda ou o aumento de peso e etc. Por exemplo, a dieta de Atkins tem como objetivo controlar os níveis de insulina sanguíneos. Ingere-se uma proporção alta de alimentos ricos em proteínas e reduz-se a ingestão de alimentos ricos em glicídios. A ingestão de glicídios promove a liberação de insulina, o que por sua vez faz com que o organismo armazene glicídios na forma de glicogênio. Isso faz com que o organismo tenha mais dificuldade em quebrar os lipídios para gerar energia, o que pode levar ao acúmulo.



De tempos em tempos a mídia destaca alguma nova dieta supostamente milagrosa (como a de Atkins, South Beach e etc.), capaz de fazer com que a pessoa perca peso rápido, mantenha-se saudável e com boa aparência. Mas apesar do que se pode afirmar em certas propagandas ou livros, essas mesmas dietas não funcionam bem para várias pessoas e dificilmente alguém consegue segui-las por muito tempo e de forma consistente. Infelizmente não existe uma dieta ideal ou perfeita, tendo em vista que as pessoas são diferentes e têm rotinas e necessidades variadas. Não obstante, é possível selecionar alguns critérios de forma a estabelecer uma dieta dita balanceada, ou dieta saudável.


Um prato ideal, de acordo com a dieta de Atkins. Imagem: https://en.wikipedia.org/wiki/File:Atkins_meal.jpg



O objetivo da dieta balanceada é o de fornecer ao organismo todos os nutrientes necessários sem consumir calorias em excesso, com o objetivo de se manter saudável e prevenir doenças. Alguns desses nutrientes são as proteínas, vitaminas, glicídios, lipídios, elementos químicos provenientes dos sais minerais e etc. Os nutrientes são as substâncias capazes de nos proporcionar energia, atuar no desenvolvimento e manutenção do organismo e cuja carência pode gerar alterações indesejáveis.



Também é bom mencionar que é desejável que uma dieta balanceada seja de baixo custo, não utilize ingredientes de difícil obtenção em uma determinada região e nem utilize alimentos que requeiram procedimentos especiais de preparação ou que possam disseminar patógenos e toxinas.



Vários órgãos governamentais nacionais e internacionais fazem recomendações sobre os aspectos de uma dieta balanceada. De maneira geral essas dietas consistem em ingerir ou evitar determinados tipos de alimentos e em cinco refeições diárias (café da manhã, almoço, janta e dois lanches. Deve-se evitar beliscar!). Algumas dessas recomendações são:



·         Ingerir muitos alimentos de origem vegetal, como as frutas, legumes, verduras e grãos, que, além dos vários nutrientes, também fornecem fibras alimentares. É bom variar e ingerir alimentos de cores diversas e a quantidade recomendada é a de cinco porções diárias desse tipo de alimento (por exemplo, uma banana durante a manhã e uma maçã de tarde, já contam como duas porções).

·         Ingerir alimentos ricos em amido, como as massas e o arroz. Estima-se que esses alimentos devem constituir aproximadamente um terço de tudo o que comemos no dia.

·         Dar preferência aos laticínios pouco calóricos e com baixo teor de lipídios (como exemplo, preferir o leite desnatado ao invés do integral). Esses alimentos são boas fontes de proteínas e cálcio.

·         Comer carnes pouco gordurosas. As carnes não necessariamente são vilãs, elas são ótimas fontes de proteínas, fornecem vitamina B12 e outras substâncias importantes. É bom também ingerir ovos e feijões como fontes alternativas de proteínas.

·         Reduzir a ingestão do sódio e alimentos nos quais se adicionam glicídios/açúcares. Alguns refrigerantes são particularmente ricos nesses dois. Além disso, deve-se dar preferência ao sal de cozinha iodado como fonte de sódio.

·         Controlar as porções de cada alimento, de forma a regular, por exemplo, as quantidades ingeridas das chamadas gorduras trans e gorduras saturadas, que podem aumentar as taxas de colesterol sanguíneo e, com isso, aumentar também o risco de se ter doenças cardíacas.

·         Beber bastante água, pelo menos 2 l por dia.



As pirâmides alimentares e o prato ideal



Uma forma prática de representar as quantidades ideais de alimentos que devem ser ingeridos diariamente, de forma a manter uma dieta saudável, são as pirâmides alimentares. Essas pirâmides apresentam divisões, da base até o topo, nas quais se indicam os tipos e as quantidades de alimentos a serem ingeridos. Por exemplo, na figura a seguir, que representa uma pirâmide generalista, pode se ver que os alimentos indicados, frutas, legumes e verduras, são os que devem ser ingeridos em maiores quantidades. Já no topo, mais estreito, encontram-se os doces e guloseimas, que devem ser ingeridos em menores quantidades. Também se destaca que é importante praticar algum tipo de atividade física.






Outra forma de representação é o chamado prato ideal. Nesse caso, ao invés de se representar as quantidades de alimentos a serem ingeridas no dia, mostram-se os alimentos que deveriam fazer parte de um prato de refeição, como se pode ver na figura abaixo:






As Calorias



A caloria é uma medida que define a quantidade de energia necessária para se aumentar em 1°C (de 14,5° – 15,5° C) a temperatura de 1 g (que corresponde a 1 ml) de água, ou então, no âmbito da nutrição, é uma medida do valor energético de um determinado alimento. Podemos dizer que uma dieta balanceada não deve fornecer mais calorias do que a pessoa utiliza em suas atividades. E, inclusive por isso, é recomendável praticar atividades físicas, a fim de utilizar a energia fornecida pelos alimentos e evitar ingerir mais do que se gasta.



Para se estimar o número de calorias que uma quantidade de alimento é capaz de fornecer é necessário usar um aparelho chamado calorímetro, no qual o alimento será queimado e o calor liberado pela queima é usado para esquentar a água. A partir do aumento da temperatura da água, obtém-se o valor calórico do alimento.



É digno de nota que, em nutrição e nos rótulos dos alimentos, é comum a palavra caloria vir escrita com a inicial maiúscula: Caloria. Essa é uma convenção, para se indicar que o valor, na verdade, representa kcal (quilocalorias = 1000 calorias).



No que tange à quantidade de calorias, uma dieta na qual se ingere de 1500-1800 Calorias (kcal) por dia, é adequada para os homens e mulheres em sobrepeso ou que praticam atividades físicas regularmente. Também para consultas, estima-se que uma grama de carboidratos ou de proteínas contenham 4 calorias e  1 g de lipídios contenha 9 cal.



Observações:



“Calorias vazias”: são as provenientes de alimentos com valor nutricional muito baixo, sem fibras alimentares, sem aminoácidos, vitaminas e outros. Exemplos de alimentos com calorias vazias: gorduras sólidas como certas manteigas e os adoçantes como o xarope de milho.

“Calorias negativas”: são aquelas provenientes de alimentos que supostamente consomem tanta energia para serem digeridos, que acabam fornecendo menos calorias do que o próprio corpo gastou para digeri-los. Supostamente, pois aparentemente não existe comprovação científica de que algo assim exista. Exemplos de alimentos que, em tese, fornecem calorias negativas são as frutas e cereais pouco calóricos, com a alface, limão, brócolis e etc.



O índice de massa corporal



O índice de massa corporal (IMC) é uma medida indireta da quantidade de gordura corporal que uma pessoa possui. É obtido a partir de um cálculo simples: IMC = peso em kg / (altura em m)2. Por exemplo, o IMC de uma pessoa que pesa 90 kg e mede 1,80 m é 90/(1,8)2 = 27,8. Para se ter uma noção sobre se a pessoa está obesa ou no peso ideal, compara-se o valor do IMC com os fornecidos na tabela a seguir:



IMC
Situação
Abaixo de 18,5
Abaixo do peso
18,5 – 24,9
Normal
25,0 – 29,9
Sobrepeso
30 ou mais
Obeso



Imagem: https://en.wikipedia.org/wiki/File:Obesity_%26_BMI.png



É bom destacar que o IMC é apenas uma estimativa e não um indicativo 100 % seguro das condições individuais. Por exemplo: um fisiculturista pode apresentar um valor de IMC alto sem ser obeso, por conta da quantidade de massa muscular que possui. Ademais, no que tange às crianças e adolescentes, apesar de o cálculo do IMC ser feito da mesma forma, a interpretação é distinta, pois as quantidades de gordura variam entre os meninos e meninas e, também, de acordo com a idade.



Referências














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