Os principais métodos
contraceptivos
Maximiliano Mendes
Nem todos os casais estão preparados para ser pais, pode ser por
motivos financeiros, às vezes têm objetivos mais urgentes ou até mesmo por
imaturidade. Porém, como os casais mantêm relações sexuais, é interessante que
haja formas de impedir que a prática sexual resulte na geração de uma criança que, no momento, não é desejada. Essas formas são o que chamamos de métodos contraceptivos.
Se definirmos concepção como o ato de conceber uma nova vida, a
contracepção basicamente consiste em impedir que isso ocorra. Por exemplo, se
admitirmos que a concepção ocorre no momento da fertilização, a contracepção é algo
capaz de impedir esse encontro entre os gametas masculino e feminino. Além
disso, alguns consideram que o aborto induzido também pode ser considerado como
contraceptivo, pois impede que o novo indivíduo sobreviva.
Atualmente existem vários métodos contraceptivos, capazes de impedir a concepção
de diversas formas. Vejamos um resumo acerca dos principais:
Imagem mostrando vários métodos contraceptivos e as suas eficiências.
Abstinência: consiste
basicamente em não manter relações sexuais, indefinidamente ou por certo
período. Por exemplo, um casal pode se abster de relações sexuais nos dias referentes
ao período fértil da mulher, ou então, alguma pessoa pode se abster das
relações sexuais indefinidamente por motivos religiosos. Requer força de
vontade e, quando se trata de um casal, é necessário que haja apoio mútuo. Obviamente,
além de proteger o indivíduo de doenças sexualmente transmissíveis – DSTs, é o
método contraceptivo mais eficiente. A não ser que você seja raptado ou
abduzido por um grupo de pesquisadores alienígenas.
É importante mencionar também que alguns casais praticam a abstinência
apenas no sentido da conjunção carnal propriamente dita, ou seja, abstêm-se
apenas das atividades nas quais há a introdução do pênis na vagina, porém,
praticam outros tipos de atividades sexuais.
A abstinência não apresenta efeitos colaterais e pode ser utilizada por qualquer
pessoa ou casal que consiga e, mais importante: que efetivamente queira! Não
adianta forçar alguém a aderir ao método contra a vontade e nem é correto
forçar alguém a querer manter relações. Alguns estudos mostram que os jovens
que participam de programas de incentivo à abstinência, muitas vezes por
vontade de outros e não deles mesmos, na verdade, também andam praticando relações sexuais
por aí...
Método da tabelinha e técnicas
de percepção da fertilidade: consiste em não
manter relações sexuais nos dias referentes ao período fértil do ciclo
menstrual feminino, logo, é um tipo de abstinência. Em tese, a aplicação é
simples, porém, na prática, nem tanto. Os motivos são:
É preciso que a mulher descubra se tem ciclos menstruais regulares,
quantos dias o ciclo dura (os ciclos podem variar de 26 a 32 dias,
dependendo da mulher) e qual é o dia do ciclo em que ovula. Para saber a
duração dos ciclos, pode-se monitorar seis deles, anotando em alguma tabela, calendário
de papel, ou em aplicativos de smartphones os dias nos quais as menstruações
iniciam (dia 01 do ciclo) e assim, contar os dias até a próxima menstruação.
Lembrando que, o dia em que inicia o fluxo de sangue é o dia 01 do
ciclo e o último dia é o anterior à menstruação seguinte: por exemplo, se você
menstruar hoje, hoje é o dia 01 de um ciclo e ontem foi o último dia do ciclo
anterior. Após monitorar o procedimento seis vezes, você saberá a duração
aproximada dos seus ciclos menstruais.
Para descobrir qual é dia provável em que você ovula basta subtrair 14
do número de dias do ciclo. Por exemplo, se o seu ciclo dura 28 dias, 28 – 14 =
14, então 14 é o dia provável da sua ovulação. Se o seu ciclo dura 30 dias, 30
– 14 = 16, então você deve ovular no dia 16 do ciclo. Admite-se que após a
ovulação o ciclo termine em 14 dias, pois é o tempo necessário para que o corpo
amarelo ovariano degenere e pare de produzir estrógeno e progesterona. Isso
ocorre por conta de os ovários poderem regenerar.
É até possível ter uma boa ideia de quando se está ovulando ou se já
ovulou, caso se note que está escorrendo um muco transparente e de consistência
viscosa da vagina. Esse muco está correlacionado ao pico de LH que promove a ovulação.
Além disso, também é possível verificar um aumento de aproximadamente 0,5° C na
temperatura corporal devido ao aumento da concentração de progesterona no sangue,
que se dá após a ovulação. Ainda por conta do aumento na concentração de progesterona, posteriormente o muco cervical se
torna opaco e espesso.
Enfim, por ser um método de difícil aplicação, na prática, parece não
ser tão eficiente para muitos casais.
Quanto à eficiência:
Com o uso perfeito, tem 95 – 99 % de eficiência. Entre 1 – 5 de cada
100 mulheres terá uma gravidez acidental durante o primeiro ano de uso do
método.
Com o uso típico, tem 76 – 88 % de eficiência. Entre 12 – 24 de cada
100 mulheres terá uma gravidez acidental durante o primeiro ano de uso do
método.
OBS: o uso perfeito se refere ao uso em testes clínicos, já o uso
típico é a vida real. Saber como o método funciona, como se usa e estudar sobre ele, aproxima o uso típico do uso perfeito.
Coito interrompido ou método da
retirada: utilizado desde os tempos primitivos, a ideia é que o homem
retire o pênis da vagina da mulher antes de ejacular. Convenhamos, não precisa
ser especialista para perceber que esse não é o método mais eficiente do mundo,
pois demanda muito autocontrole por parte do homem.
Quanto à eficiência: 96% com o uso perfeito e 78 % com o uso típico.
Camisinhas: também chamadas
de preservativos, são capas ou sacos normalmente feitos de látex que cobrem o
pênis e, assim, impedem que haja contato direto entre os órgãos genitais. Como
cobrem o pênis, o esperma ejaculado, ao invés de ser depositado na vagina,
permanece na camisinha, impedindo a fertilização. Além disso, por impedirem o
contato direto entre os órgãos genitais, previnem contra as doenças sexualmente
transmissíveis. Só a abstinência e as camisinhas conseguem
prevenir as DSTs.
Dentre as vantagens, além de prevenirem as DSTs, as camisinhas
são baratas, às vezes gratuitas, fáceis de encontrar e não precisam de
prescrição médica. Para as pessoas alérgicas ao látex, existem camisinhas
feitas de poliuretano. Além disso, como a cobertura diminui a sensibilidade da
glande do pênis, pode fazer com que o homem demore mais a ejacular e isso pode
ser desejável no caso de homens que sofrem de ejaculação
precoce.
Outros detalhes importantes: não se recomenda usar duas camisinhas ao
mesmo tempo, pois, por conta do atrito extra, ambas podem ser rompidas com mais
facilidade (é isso que você vai responder em provas, mas há exceções à essa regra).
Quanto à eficiência: com o uso perfeito, 98 % de eficiência e com o
uso típico, 82 %.
No que tange às camisinhas femininas, estas são semelhantes às
masculinas no sentido de que também são capas ou sacos, porém, são encaixadas dentro
da vagina de forma a cobri-la para que o pênis não entre em contato direto com
a mucosa vaginal. Outra diferença é que elas não são feitas de látex, mas sim
de poliuretano (plástico) ou borracha nitrílica e isso é uma vantagem para quem
tem alergia ao látex. Também é
recomendada para os casos em que o parceiro da mulher não quer usar uma
camisinha (eu li isso nos sites especializados, mas acho uma justificativa
pobre...), ou para os casos em que a pessoa já quer colocar a camisinha
previamente (por exemplo, para uma mulher que pretende ingerir bebidas
alcoólicas ou outras drogas psicoativas antes do ato sexual).
As desvantagens em relação às camisinhas masculinas são que as
femininas são mais caras e um pouco menos eficientes.
Quanto à eficiência: uso perfeito - 95 %, uso típico – 79 %.
Métodos hormonais: aqui a
coisa começa a complicar um pouco, pois é necessário que você tenha
conhecimentos sobre como funciona o ciclo
menstrual, quais hormônios estão envolvidos e como eles atuam. Para
simplificar, vou usar como exemplo as pílulas anticoncepcionais. Essas pílulas
contêm estrógeno e progesterona (ou então só progesterona) sintéticos e são tomadas diariamente. A ideia
é a seguinte:
Tanto o estrógeno quanto a progesterona são hormônios capazes de
inibir, por retroalimentação negativa, a liberação dos hormônios hipofisários FSH e LH
(destaco o detalhe traiçoeiro de que em concentrações muito altas, o estrógeno
tem o efeito oposto). O FSH e o LH atuam promovendo a ovulação, condição
necessária para que possa haver a fertilização e a gestação, mas como as altas
concentrações de estrógeno e progesterona inibem a liberação desses hormônios,
não haverá ovulação e nem fertilização. Além disso, esses
hormônios também são capazes de espessar o muco cervical, o que dificulta o
deslocamento dos espermatozoides.
Pode se dizer que o efeito das pílulas é o de simular uma gestação,
período no qual a placenta produz estrógeno e progesterona, que inibem a
liberação de FSH e LH para que não haja ovulação e a mulher possa vir a ter mais de um
embrião implantado no mesmo útero no qual já há outro bebê se desenvolvendo em
estágio mais avançado. Por que isso é ruim? Imagine o parto do primeiro: o que
acontece com o que chegou depois?
Há dois tipos de pílulas: as combinadas, que utilizam estrógeno e
progesterona sintéticos, e as que possuem apenas progesterona sintética, para os casos em
que a mulher não pode usar (ou pelo menos não se recomenda usar) a combinada.
Alguns exemplos de casos que impedem a pessoa de usar a pílula combinada são os
das mulheres que sofrem de trombose, algumas doenças do coração, diabetes
mellitus, enxaqueca, hipertensão e fumantes.
As pílulas contendo apenas progesterona atuam impedindo o pico na
liberação de LH pra impedir a ovulação e também espessam o muco cervical,
dificultando a subida dos espermatozoides. Outro ponto importante é que o seu
efeito pode ser revertido mais rapidamente, caso a mulher pare de tomar. Essas pílulas são tomadas continuamente, mas pode se fazer pausas para que haja menstruação.
As pílulas combinadas normalmente requerem uma
pausa. Ao invés de tomar 28 pílulas em 28 dias seguidos e assim sucessivamente,
as cartelas trazem 21 e faz se uma pausa de 7 dias, ou então, 24 e faz se uma
pausa de 4 dias, para que possa haver menstruação. Às vezes as cartelas têm
pílulas para os dias de pausa, mas essas pílulas contém ferro, a fim de repor o
que será perdido na menstruação e para que a pessoa não perca o costume de
tomar a pílula todos os dias. Já para as pílulas contendo apenas progesterona não
se faz pausa.
Quanto à eficiência: 99 % com o uso perfeito e 91 % com o uso típico (infelizmente, o problema mais comum é que as pessoas esquecem de tomar as pílulas).
Os implantes, adesivos, injeções e DIU contendo hormônios, por
exemplo, são baseados na mesma lógica das pílulas: contém estrógenos e
progesterona ou apenas progesterona e, assim, também agem impedindo a ovulação.
Já no que tange ao tipo de contraceptivo de emergência popularmente
conhecido como “pílula do dia seguinte” (pois é recomendado que se utilize o
quanto antes após uma relação sexual) têm concentrações de progesterona mais
elevadas que as pílulas tradicionais e atuam no sentido de impedir a ovulação, espessar
o muco cervical e a implantação de um embrião no endométrio (por isso, podem
ser consideradas abortivas). Diz-se que, se a mulher já estiver grávida, essas
pílulas não induzirão um aborto. Há também uma pílula mais recente, chamada de
“ella”, que não contém os hormônios, mas sim uma substância chamada acetato de
ulipristal (UPA), capaz, dentre outras coisas, de atrasar a ovulação por tempo
suficiente para que os espermatozoides morram e a fertilização não ocorra. Lembrando
que o uso dos contraceptivos de emergência, como o nome indica, é para
emergências: preservativos rasgados durante o ato sexual, estupros, relações sexuais sob embriaguez
e coisas do tipo.
E, por último, sobre a suposta pílula masculina, ainda não existe algo
que possa ser comercializado, porém, existem pesquisas que objetivam
desenvolver algum método hormonal para os homens. Uma abordagem é a de se
utilizar ésteres de testosterona em combinação com progesterona sintética
visando diminuir a produção de espermatozoides ao inibir a liberação das gonadotrofinas
hipofisárias: o FSH e o LH, que atuam na espermatogênese. Testes recentes com uma substância chamada undecanoato de nandrolona (DMAU) foram capazes de reduzir os níveis séricos de testosterona e outros hormônios que atuam na espermatogênese. Porém, esse tipo de alteração nos níveis hormonais masculinos pode causar efeitos colaterais sérios, como as alterações nas funções dos testículos e infertilidade de difícil reversão.
Dispositivo intrauterino (DIU): é um trambolho de plástico cuja
forma parece uma cruz que a mulher tem de carregar dentro do útero. Ele deve ser inserido por
um médico (apenas por um médico!) no interior do útero e pode permanecer lá por
pelo menos 3 anos, sendo que alguns podem permanecer por muito mais tempo.
Existem dois tipos de DIU, o de cobre e o hormonal:
Os hormonais liberam progesterona e o modo de ação é, em essência, o
mesmo dos métodos hormonais já mencionados. Podem durar de 3 – 6 anos. Já o DIU
de cobre tem um fio de cobre que libera cobre. Acredita-se que o cobre tenha
ação espermicida. (Cobre, cobre, cobre, cobre...). Pode durar até 12 anos.
Além dos dois efeitos característicos, acredita-se que a
presença do DIU cause inflamação no endométrio, o que por sua vez, pode atuar
no sentido de impedir a implantação de um embrião, caso tenha havido
fertilização (pois a inflamação atrai células do sistema imunitário que
fagocitam os espermatozoides). Por conta disso, pode ser considerado um método
abortivo. Como esses efeitos são mais acentuados com o DIU de cobre, ele pode
também ser utilizado como contraceptivo de emergência.
De qualquer forma, é um método muito eficiente, discreto, a mulher não
tem de ficar se lembrando de tomar algo ou fazer algo e normalmente, após a
retirada, a fertilidade retorna rapidamente.
Eficiência: mais de 99 % tanto para o uso perfeito quanto para o uso
típico!
Diafragma + Espermicida: O
diafragma é basicamente, uma tampa de silicone que deve ser introduzida dentro
da vagina de forma a cobrir e tampar o colo do útero. Isso impede a subida do
esperma e a fertilização. Deve ser utilizado com géis ou cremes espermicidas e
mantido por pelo menos 6 h (máximo de 24 h) após o ato sexual, para que haja
tempo dos espermatozoides perderem a mobilidade. Note que os espermicidas,
apesar do nome, não matam os espermatozoides, o que eles fazem é prejudicar a
mobilidade deles e também podem tampar o colo do útero e bloquear a passagem.
O diafragma é posto e retirado com as mãos mesmo, dá pra puxar com o dedo depois.
Eficiência: 94 % para o uso perfeito e 88 % para o uso típico.
Esterilização (laqueadura
tubária e vasectomia): nesses casos, recorrem-se aos procedimentos capazes
de esterilizar o indivíduo, ou seja, tornar a pessoa infértil, incapaz de gerar
descendentes. Obviamente, são contraceptivos extremamente eficientes.
Para os homens, um exemplo é a vasectomia, que normalmente consiste em
se cortar (seccionar) os canais deferentes. Assim, apesar de continuar
produzindo esperma e podendo aproveitar a sensação do orgasmo, os espermatozoides
produzidos não chegam até a uretra e nem são ejaculados. Eles morrem e são reabsorvidos por outras células do corpo. Alguns vazam
dos canais deferentes seccionados, mas o destino é o mesmo. E o homem continua
ejaculando, pois a maior parte do sêmen (ou esperma) é proveniente das secreções
das glândulas seminais e da próstata.
Após o procedimento, leva cerca de 15 a 20 ejaculações para que o
esperma esteja livre de espermatozoides. Então, por um tempo, é recomendável
usar outro método contraceptivo, como as camisinhas, até que exames constatem
que não há mais espermatozoides no sêmen. De 7 – 10 % dos homens se arrependem
de terem passado pelo procedimento.
Para as mulheres, um procedimento equivalente à vasectomia é a laqueadura
tubária, na qual se cortam as tubas uterinas. Dessa forma, os espermatozoides
não conseguem alcançar os ovócitos II liberados na ovulação. A mulher continua
ovulando e parece não haver alterações no ciclo menstrual e nem nas sensações de
orgasmo. Um outro método recente e interessante é o chamado Essure (nome do
método/produto), no qual são inseridas, sem cirurgia, molas nas tubas uterinas
que causam lesões e fibrose, de forma que as tubas uterinas são fechadas,
também impedindo a passagem de gametas e a fertilização.
No Brasil, de acordo com a Lei 9263/1996, para poder passar por um
procedimento de esterilização, a pessoa deve preencher alguns requisitos:
Art. 10. Somente é permitida a
esterilização voluntária nas seguintes situações: (Artigo vetado e mantido pelo
Congresso Nacional - Mensagem nº 928, de 19.8.1997)
I - em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco
anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o
prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato
cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a
serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe
multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce;
II - risco à vida ou à saúde da
mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado por
dois médicos.
No tocante à eficiência, tanto a vasectomia quanto a laqueadura
apresentam eficácia maior que 99 % para o uso perfeito e uso típico.
Por fim, é possível, mas não é garantido que os métodos acima
citados possam ser revertidos cirurgicamente. Logo, quem está pensando em passar por um
deles, deve fazê-lo com o intuito de não mais voltar atrás na decisão.
Aborto induzido: bem, é
terminar uma gestação (tradução: matar o bebê), voluntariamente, com o uso de
substâncias ou procedimentos médicos.
Sumário sobre a eficiência dos métodos contraceptivos, os números refletem os percentuais de gestações indesejadas no
primeiro ano de uso:
Camisinha masculina:
18 %. Camisinha feminina: 21 %.
Coito interrompido: 22
%.
Tabelinhas: 24 %.
Diafragma: 12 %.
Pílulas contraceptivas:
9 %. Implantes: 0,05 %.
DIU de cobre: 0,8 %.
DIU de progesterona: 0,2 %.
Laqueadura:
0,5 %. Vasectomia: 0,15 %.
REFERÊNCIAS:
Zieman M, Hatcher RA. Managing Contraception On the Go.
Tiger, Georgia:
Bridging the
Gap Foundation, 2012.