ECOLOGIA 07 - AS SUCESSÕES ECOLÓGICAS.
Maximiliano Mendes
É sabido que os fatores
físicos do meio podem influenciar e promover alterações nos organismos de um
ecossistema, mas também que os organismos podem modificar os fatores físicos do
meio, como é o caso das associações entre bactérias fixadoras de N2
e as raízes das plantas leguminosas, que podem aumentar o teor de compostos
nitrogenados no solo, favorecendo o desenvolvimento de outras plantas. Na
medida em que o meio e as populações de organismos sofrem modificações e
evoluem, o perfil do ecossistema muda ao longo do tempo. A tendência é que
aumentem os números de espécies, de organismos e das interações entre os
componentes bióticos e abióticos, ou seja, a complexidade do ecossistema tende
a aumentar.
Dependendo do ecossistema e da
estabilidade em que ele se encontra, a comunidade que o habita pode se
estabilizar e não sofrer alterações significativas no tocante à diversidade,
aos números de organismos e às interações entre eles. Chamamos esse estágio
estável e resiliente de comunidade
clímax, e cada estágio da comunidade, até que esse clímax seja atingido é
chamado de sere. Ao processo que
abrange uma série de seres, até a comunidade atingir o clímax, chamamos sucessão ecológica. Podemos citar como
exemplos de clímax os grandes biomas brasileiros como a floresta amazônica.
Outro dado interessante é o de
que em uma comunidade clímax a produtividade primária bruta é alta, porém, a
produtividade líquida é baixa, pois praticamente toda a matéria orgânica
produzida é consumida. Lembre-se: a produtividade líquida é a parcela da
produtividade primária bruta que foi incorporada ao organismo do autótrofo e
está disponível para o nível trófico seguinte.
Caso um local onde haverá uma
sucessão ecológica nunca tenha sido habitado antes, ou foi há muito tempo,
dizemos que ocorrerá ali uma sucessão
ecológica primária. São locais como as dunas de areia ou os que foram assolados
por lava vulcânica derramada recentemente. Tendo em vista o tipo de local, a
colonização dele normalmente só é iniciada por espécies de organismos capazes
de suportar condições adversas e de reprodução rápida. Essas espécies são
chamadas espécies pioneiras e, como
já foi mencionado, podem alterar o ambiente de forma a permitir a colonização
posterior por outras espécies. Como exemplo, ao morrerem, os organismos da
espécie pioneira enriquecem o substrato com matéria orgânica.
As espécies pioneiras podem ou
não persistir até que se atinja a comunidade clímax. Um bom exemplo de
organismo pioneiro são os musgos. Inicialmente a diversidade da comunidade é
baixa, há autótrofos (produtores) e poucos heterótrofos, mas ao longo da
sucessão a diversidade aumenta, os números de organismos e os números de
interações entre as espécies e o meio físico também aumentam.
Se o local foi habitado
recentemente por uma comunidade bem estabelecida, como uma área cultivada, mas
que foi destruída ou alterada drasticamente, falamos em sucessão ecológica secundária. As sucessões secundárias, em geral,
atingem o clímax mais rápido que as primárias, um dos motivos é que o solo já
pode apresentar uma quantidade razoável de nutrientes e algumas sementes e
esporos de plantas.
REFERÊNCIAS:
As referências básicas dessa série sobre ecologia são:
Thompson, M. & Rios, EP. Conexões com a Biologia. Vol. 1. Moderna. 2ª ed. 2016.Townsend, CR., Begon, M., Harper, JL. Fundamentos em Ecologia. 3ª ed. Artmed. 2010.Urry, LA. et al. Biology. 11th ed. Pearson. 2016. Lopes, L. & Rosso, S. BIO: Volume Único. Saraiva. 3ª ed. 2013.
As restantes serão informadas na parte final sobre esse assunto.
As referências básicas dessa série sobre ecologia são:
Thompson, M. & Rios, EP. Conexões com a Biologia. Vol. 1. Moderna. 2ª ed. 2016.Townsend, CR., Begon, M., Harper, JL. Fundamentos em Ecologia. 3ª ed. Artmed. 2010.Urry, LA. et al. Biology. 11th ed. Pearson. 2016. Lopes, L. & Rosso, S. BIO: Volume Único. Saraiva. 3ª ed. 2013.
As restantes serão informadas na parte final sobre esse assunto.